"Uso de máscaras força queda de casos de gripe"

(In Expresso, 09 Fevereiro 2021)

"Projetos Expresso. Saúde. No último ano, a doença foi responsável por mais de 3300 mortes e pelo entupimento das urgências. Agora, em plena pandemia de covid-19, o vírus da influenza está praticamente ausente. Mas pessoas com mais de 65 anos devem levar a vacina.

Nem as temperaturas abaixo do normal para a época, nem o novo coronavírus têm sido suficientes para manter a estação gripal de 2020/2021 a par das anteriores — em número de casos e mortes registados. De acordo com o último Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, elaborado semanalmente pelo Instituto Ricardo Jorge, a taxa de incidência de síndrome gripal na terceira semana do ano foi de 7,71 por 100 mil habitantes. Em contraste, a incidência de casos covid-19 nos últimos 14 dias foi de 1660,6 por 100 mil habitantes, segundo dados compilados pela Universidade de Stanford. O que está, afinal, detrás da queda acentuada de casos de gripe em Portugal? A resposta é unânime entre os especialistas: as medidas de proteção individual adotadas durante a pandemia têm impedido a propagação do vírus influenza.

São muitos e diferentes os vírus responsáveis pelas gripes e constipações, mas algo que todos têm em comum é a forma como se espalham na comunidade. “Todos se transmitem por gotículas, mas quando o hospedeiro tem um comportamento que implica o uso de máscara e cumpre as regras de distanciamento, o vírus não se consegue disseminar na população”, explica o virologista Pedro Simas, que desde o verão tem vindo a desvalorizar o impacto da gripe na situação sanitária nacional. Ainda que os benefícios destas medidas de proteção sejam evidentes, o investigador do Instituto de Medicina Molecular não defende, ao contrário de outros especialistas, que a máscara deva ser vista como mecanismo de proteção para lá da covid-19."

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